6 de mar. de 2011

O refúgio que virou patrimônio

Rancho Queimado abrigou a casa de campo do ex-governador Hercílio Luz, e hoje o lugar é patrimonio do Estado de Santa Catarina
Um pedaço de terra no caração da encosta da Serra Geral, encanta e conta uma história antiga, de alguém que se apaixonou pelo lugar e, aos poucos, além de formar, foi transformando a cultura local.
Cercado de belezas naturais e com clima agradável durante todo ano, o município de Rancho Queimado conquistou, em 1911, o ex-governador Hercílio Pedro da Luz. Na busca de um lugar para descansar com a família e tratar dos problemas de saúde, o ex-governador encontrou em Taquaras, pequena localidade do município, o local ideal para construir sua casa de campo e, que ainda reunia em volta vales e montanhas cheias de nascentes de águas cristalinas.
Em 25 de fevereiro de 1985, a construção foi adquirida pelo executivo estadual e tombada pelo decreto nº 25.800, com base na Lei nº 5.846. A partir desta data, Rancho Queimado ganhava seu primeiro patrimônio histórico. Situado a 15km do centro do município, o museu integra o Patrimônio Cultural de Santa Catarina.
A casa de campo foi totalmente restaurada pelo Estado, e conserva toda a mobília de época, com conjunto de sala de jantar, sala de reuniões, escritório e dormitórios. A edificação com arquitetura de tijolo aparente é caracteristica cultural do imigrante alemão da região. Além da exposição permanente com objetos pessoais do ex-governador, peças da colonização e do 'tropeirismo', a funcionária da Fundação Catarinense de Cultura e administradora do Museu, Marilóide da Silva, organiza exposições temporárias, onde se procura trazer diversos artistas, de acordo com as comemorações sazonais. "Nas exposições temporárias sempre procuramos trazer artistas que tenham alguma raiz semelhante ao povo do municipio, para que estes se sintam em casa quando vierem visitar o museu".
No mês de setembro. o Museu Hercílio Luz abriu espaço dentro do projeto "Primavera de Museus" para a exposição Rememória, do artista Jonei Eger Bauer. O projeto é do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) e serve como uma reflexão sobre o papel dos museus como espaços de valorização da diversidade cultural e do direito à memória.
Texto feito em outubro de 2009.

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