29 de jun. de 2009

Desisão tomada

Mais uma fase se foi. E um ano de faculdade já passou. O tempo voou, nem percebi. Nessas duas fases da faculdade de jornalismo, uma dúvida constante perambulava em minha cabeça: continuar o curso que eu estava adorando fazer, mas que escolhi, primeiramente, pensando no status que o curso tem, ou desistir e começar o curso que, por anos da minha juventude, foi o que eu sempre pretendia fazer: o Direito?

Apenas no último dia de aula da segunda fase é que decidi que quero ser jornalista mesmo. Não sei se daqui à 10 anos vou estar em um bom emprego ou ganhando bem.O que sei é que vou fazer o possível para estar fazendo o que eu gosto e concretizar esse sonho, que hoje é o meu principal objetivo.

A decisão do STF, aprovada pelos ministros dia 17 deste mês, que diz que agora jornalista não precisa mais de diploma para trabalhar profissionalmente, não me preocupa e nem me faz pensar em desistir do curso. Acredito que não deve preocupar nenhum acadêmico de jornalismo. Essa decisão levanta algumas perguntas: Hoje quem pode ser jornalista? Ensino Médio basta pra trabalhar profissionalmente? Qual a qualidade de produtos jornalísticos assinados por profissionais sem diploma?

19 de jun. de 2009

Assim, já somos todos jornalistas

“Redação não é o lugar para um jornalista aprender a escrever.” Essas palavras de Ricardo Noblat entram na discussão sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, votado e aprovado, dia 17, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Para esclarecer a questão, Carlos Stegemann, diretor da assessoria de comunicação da empresa Palavra.com, junto dos professores Billy Culleton, Rogério Mosimann e Paulo Scarduelli, se reuniram ontem, 18, na faculdade Estácio de Sá para debater com alguns acadêmicos de jornalismo da instituição, sobre como a aprovação da nova lei afetará os cursos no país e também o mercado de trabalho.

Stegemann afirma que a decisão não mudará em nada a contratação de jornalistas na sua empresa e vai continuar contratando apenas profissionais graduados e com grande qualidade profissional. “Por trás dessa discussão que teve início em 2001, a questão virou assunto de cidadania, já que ética também é fundamental, além do diploma.” declara ele.

Billy Culleton, diretor de integração acadêmica da Associação Catarinense de Imprensa e Rogério Mosimann, especialista em webjornalismo têm a mesma opinião de Stegemann. “Vai depender dos futuros jornalistas se a questão do diploma vai valer ou não, pois o mais importante não é só o diploma, mas as informações que são agregadas a ele no decorrer do curso.” afirma Culleton.

Mosimann diz que, como professor, o que preocupa é como essa decisão do STF vai ser encarada pelos seus alunos, já que muitos podem pensar em desistir do curso, já que o diploma não será mais obrigatório. “Qual vai ser a qualidade dos produtos jornalísticos assinados por profissionais sem diploma? Quem pode ser jornalista? Ensino médio basta para ser um jornalista e trabalhar profissionalmente?”. Essas perguntas Mosimann espera que seus alunos façam também para ver que uma faculdade, aliada a uma boa capacitação é o fundamental para ser um profissional com reconhecimento no mercado.

18 de jun. de 2009

Não precisamos de diploma


Hoje, dia 17, O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que não será mais obrigatório o diploma de jornalista para se poder exercer a profissão. No plenário, por oito votos a um, os ministros atenderam a um recurso protocolado que pedia a extinção da obrigatoriedade do diploma. E agora? Será que ocorrerá evasão nos cursos de jornalismo no país? As empresas vão aceitar “profissionais” sem diploma?........é esperar para ver!.

17 de jun. de 2009

Buscando um lugar ao sol

“Zelar e cuidar da vida das pessoas”. Esse é objetivo de duas jovens universitárias que percorrem mais de 120 quilômetros todos os dias para conseguir atingir esse objetivo.Jaqueliny Marian, 18 anos, é acadêmica do curso de Nutrição da Faculdade Estácio de Sá, em Santa Catarina, e mora em Rancho Queimado, município da Grande Florianópolis. A distância entre a realidade e o sonho é de 60 quilômetros, mas isso não assusta e nem cansa a universitária.“Conscientizar as pessoas a terem uma alimentação adequada e mais saudável”, declara Jaqueliny, que espera conseguir fazer isso assim que tiver em mãos o tão sonhado diploma.Viajando 35 quilômetros a mais que a amiga Jaqueliny, já que mora em Anitápolis, município também da Grande Florianópolis, Simone de Pieri é acadêmica de Enfermagem e percorre o mesmo caminho todos os dias. “Já me acostumei com a distância, com os buracos na estrada e também com as intermináveis filas”, ressalta a futura formanda.
A vontade de ser enfermeira veio desde cedo, quando ainda era criança. O desejo permaneceu pela adolescência e se acentuou quando começou a trabalhar em uma clínica médica em Anitápolis.Jaqueliny e Simone são dois exemplos, duas titãs. Além de estudar muito e enfrentar tantos desafios, elas precisam superar o perigo nas estradas.

Eles e Elas

O perfil do jovem universitário se diverge em alguns pontos e convergem em outros. Quando se fala em cursos, as divergências são grandes, pois os cursos são escolhidos de acordo com as aptidões de cada futuro acadêmico. Normalmente é assim.Medicina, Direito, Jornalismo, Arquitetura, Odontologia, Administração e Engenharias foram os cursos mais procurado na Universidade Federal de Santa Catarina no último vestibular. Um dos motivos para serem eles a primeira opção na escolha da carreira profissional é o fato de que no futuro, os profissionais formados nestes cursos têm um mercado de trabalho mais amplo que aqueles que se formam em cursos não tão procurados. Essa questão relacionada ao futuro profissional e que traz consigo uma visão de muito dinheiro, às vezes não acontece, pois o mercado de trabalho nem sempre está procurando profissionais em grande quantidade. Diploma na mão nem sempre é sinal de trabalho garantido, é preciso experiência e um pouco de sorte.Segundo pesquisa do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) com dados coletados entre 1996 e 2003, as mulheres representam 63% dos estudantes do ensino superior. O sexo feminino está tomando conta das faculdades brasileiras. Nas universidades brasileiras há cerca de 1 milhão de mulheres a mais que homens.De acordo com a mesma pesquisa, a evasão masculina pode ser explicada pela opção que os homens fazem pelo mercado de trabalho, já que, às vezes, as horas na faculdade e o trabalho não se encaixam nas 24 horas do dia.Aproximadamente 35% dos jovens que estão prestes a se formar no ensino médio têm certa dificuldade em continuar os estudos, principalmente quando o que resta é o ensino privado, e a universidade pública se torna um sonho. Muitos preferem alcançar primeiro à instabilidade financeira para depois conseguir o diploma.A distinção entre homens e mulheres é ressaltada quando o INEP aponta que o sexo masculino tem um alto destaque em cursos ligados a setores públicos e de infra-estrutura. Os cursos mais procurados pelos homens são relativos à engenharia, tecnologia, indústria e computação. Os mais procurados pelo sexo feminino são Secretariado, Psicologia, Nutrição, Enfermagem e Pedagogia.A pesquisa também informa que a tendência se mantém nos mestrados, doutorados e na própria docência do ensino superior. Conforme a mesma, os homens representam 92,1% em Mecânica; 87,7% em Eletricidade e Energia e em Eletrônica 88.1%. As mulheres correspondem a 92,8% em Nutrição; 84,7% em Enfermagem e 90,9% em Pedagogia. Em cursos que historicamente são masculinos, como Direito, Jornalismo e Fisioterapia, a participação das mulheres têm sido mais efetiva, isso demonstra a efetividade das lutas das mulheres pela igualdade de direitos.Os anos de 1970 foram um marco para o movimento de mulheres no Brasil. Com vertentes de movimento feminista, grupos de mulheres pela redemocratização do país e pela melhoria nas condições de vida e de trabalho da população brasileira. Aos poucos as mulheres foram conseguindo ser reconhecidas na sociedade e mudando o pensamento de quem achava que lugar de mulher era em casa, só cuidando dos filhos e do marido.

Jornalismo no cinema


TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE


Um assalto. Uma investigação. “Todos os Homens do Presidente” é um excelente filme sobre política e corrupção. Realizado pelo cineasta Alan Pakula, o filme surpreendeu a todos, evitando sensacionalismo, mas proporcionando uma visualização complexa de uma história, sem perder o foco da mesma.

No edifício Watergate,em 17 de junho de 1972, as luzes se acendem e quatro arrombadores são presos em flagrante. O começo das investigações indica uma ligação com o gabinete do presidente americano, Richard Nixon. Ao investigar o fato, os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein se vêem no meio de dúvidas, contradições e censura por todos os lados. É um filme que mostra o trabalho jornalístico, onde o objetivo é conseguir uma informação que seja verdadeira e publicá-la antes do jornal concorrente.

Com inteligência, o cineasta usa e abusa da sempre presente concorrência entre os jornais americanos “The Washington Post” e “The New York Times”. O assalto foi publicado pelos dois veículos quando ocorreu, mas por falt
a de provas mais concretas de ambos os lados, o episódio foi esquecido e tirado das capas dos jornais. Movido pelo faro jornalístico, Bob acredita que há mais alguma coisa na história além do que foi divulgado pela Casa Branca. Sendo assim, vai até o local do assalto e encontra uma caderneta que pertencia a um dos invasores. Lá, entre rabiscos, ele percebe que num dos cantos de uma página está escrito o nome de um dos assessores principais do presidente. Isso o instiga muito.

Percebendo que Bob tem uma brilhante matéria em mãos, o editor indica Carl Bernstein, um conceituado jornalista do próprio jornal, para junto com Bob, descobrir tudo o que se esconde por trás do assalto e assim, mudar o rumo da história americana.

Os jornalistas, interpretados por Robert Redford e Dustin Hoffman estão perfeitos. Além desses dois grandes atores, o filme conta com um elenco ótimo de coadjuvantes como Jason Robards, Martim Balsan e Jane Alexander.

Baseado em fatos reais, o filme melhora e nos surpreende a cada nova assistida.



Resenha feita para o boletim Pretensão Pura na disciplina de Comunicação e Linguagem.